31/12/2004

30/12/2004

Cinema Show



Em 2004 pude bater meu próprio recorde pessoal e assisti a 26 filmes no cinema. Só pra efeitos de comparação, foram 17 no ano passado. Não chega nem perto do que verdadeiros amantes da sétima arte assistem, mas, pô, haja grana. Esse mês de dezembro pus-me a assistir alguns daqueles que queria checar em meio ao barulho de pipoca e celular tocando mas acabei perdendo, como 21 Gramas e Dogville. Mas mesmo no cinema pude assistir a muita coisa boa.

Muita porcaria também, é claro. 2004 foi ótimo em porcarias. Tróia, por exemplo. Atores inexpressivos (o Légolas nunca esteve tão boboca), trilha sonora esquisita, até o Cavalo de Tróia decepcionou. Outro "grande" momento foi quando eu e uns amigos entramos pra ver Anjos da Noite - Underworld. 20 minutos depois saímos e fomos pra sala de Scooby-Doo 2. Dublado, ainda por cima. Tava tão lotado de criança fazendo algazarra que tivemos que assistir o filme na escada.

Nem tudo virou bosta, como diria Rita Lee. Aí vão os meus favoritos, sem muita ordem de preferência:

Encontros e Desencontros
Ou "Esqueceram de Nós - Perdidos no Japão".

Diários de Motocicleta
Che antes de virar pôster, como disse Roberto Pompeu de Toledo. Um dos melhores do ano.

Kill Bill
Diversão estilo Mortal Kombat. O volume II decepcionou um pouco, é verdade. Mas até hoje assobio a musiquinha da enfermeira de tapa-olho.

Shrek 2, Homem-Aranha 2 e Doze Homens e Outro Segredo
Continuações à altura do original. No Shrek o que estraga é que o final é o mesmo do primeiro. No Homem-Aranha o que estraga são as lições de moral, extendidas além da conta. Já Doze Homens... bem, esse é muito melhor que o outro.

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
Foi uma experiência interessante, mas também um erro grave, fazer o que eu fiz: ler o roteiro todo antes de assistir. Perdi várias das surpresas do roteiro, além de ficar insatisfeito com o final (cortaram o fim original do roteiro). Talvez a Lacuna Inc. possa apagar minha memória para que eu me surpreenda com esse ótimo filme quando for ver novamente.

Os Incríveis
Melhor desenho da Pixar e um dos melhores de animação computadorizada, só empatando com o primeiro Shrek. E ponto.

Fahrenheit 11 de Setembro
Tendencioso, sem dúvida. Mas bom pra caramba. E olha que nem cumpriu seu "objetivo" principal, que era tirar Bushinho do poder. Michael Moore deve estar satisfeito por ter mais quatro anos de piadas em cima disso.

Bônus track só pra constar
Os outros filmes assistidos no cinema foram: a última parte da Trilogia do Anel; os convencionais O Último Samurai e Mestre dos Mares; o divertido Escola de Rock; Paixão de Cristo, já comentado num post antigo do bISELHO; um monte de filmes apenas ok (Cazuza, Harry Potter 3, Eu Robô, A Vila, O Terminal, Capitão Sky); porcariazinhas pra passar o tempo (As Branquelas, O Grito); e o nada natalino Papai Noel Às Avessas. O Grito pelo menos foi de graça, numa pré-inauguração do novo cinema do Pátio Savassi, que dava direito até a pipoca e refrigerante grátis. Cinema excelente, aliás.

28/12/2004

Doze Homens e Uma Sentença, digo, Outro Segredo



Num ano que teve algumas coisas boas como Diários de Motocicleta e muitas porcarias como Tróia, é bom terminar com um filme tão prazeroso quanto esse Doze Homens e Outro Segredo. Olha que pela internet afora tem muita gente falando mal do filme, criticando a megalomania dos produtores e atores e a confusão do roteiro. Mas, sinceramente, achei o primeiro muito mais confuso e bem menos divertido. Bons atores, bons diálogos, boas piadas, participação do Bruce Willis (e poucos vão pegar a parte que ele conversa sobre O Sexto Sentido), uma trilha sonora bem legal, reviravoltas na trama e, claro, alguns exageros típicos dos filmes do 007, como a "capoeira" no meio dos lasers. Quase tão bom quanto Os Incríveis. E com ele fecho bem o ano com 26 filmes assistidos no cinema.

26/12/2004

And so this is Christmas...



E lá se vai mais um Natal. Época de luzes, presentes, despedidas de final de ano, felicitações a pessoas que você mal conversou o ano inteiro, e chuva, muita chuva. Certos clichês não morrem nunca: ontem mesmo a Globo passou o clássico natalino Esqueceram de Mim II - Perdido em Nova York. O Papai Noel do BH Shopping também continua lá, sofrendo com os pentelhos, mas agora sendo ajudado por uma legião de Mamães Noéis e ainda dois anões vestidos de duendes que, se eu fosse criança, ficaria com medo.

Mas sei lá. Depois que a gente descobre que o Papai Noel não é simplesmente um bom velhinho que distribui presentes, como seria simples e lógico, mas sim um embuste, uma conspiração armada por todos os pais do mundo com o auxílio da mídia, os Natais começam a perder a graça. E olha que eu acreditei em Papai Noel até uns bons nove anos de idade, muito mais do que a maioria das crianças de hoje. Mas de repente os relatos de meus primos e dos colegas de escola começaram a denunciar a conspiração paternal. Aquele Papai Noel que aparecera na madrugada do dia 24, por exemplo, nada mais era, descobriu-se, do que um tio fantasiado. Chegou uma hora em que tive que aceitar a dura realidade da não-existência de Noel, seus duendes, suas renas e sua fábrica de brinquedos no Pólo Norte (seria o geográfico ou o magnético?). O engraçado é que, no Coelhinho da Páscoa, eu já não acreditava fazia muito tempo. Pra mim, ele sim tinha sido criado pela mídia para vender mais chocolates na Páscoa, na esteira do altruísmo sincero do velhinho de gorro vermelho.

As soluções encontradas por meus pais pra mascarar a verdade eram engenhosas. Quando eu escrevia as cartas, meu pai prometia que ia mandálas pelo correio para o Papai Noel. Muito tempo depois, no entanto, descobri todas essas cartas numa gaveta no quarto dele, e fui questioná-lo. "É que eu mandei lá na empresa, por fax", respondeu ele.

Outra coisa que me intrigava eram as etiquetas de lojas que vinham nos meus presentes. "Se o Papai Noel tem uma fábrica de brinquedos", perguntei à minha mãe, "por que tem essas etiquetas de lojas?". Ela explicou que a quantidade de brinquedos que as crianças do mundo inteiro pediam era enorme, e por isso o Papai Noel mantinha convênio com várias lojas, onde adquiria os presentes que não podia fabricar. Olha só, convênio. E o pior é que fazia sentido.

Hoje em dia minhas esperanças a respeito de Noel já foram pela chaminé há muito tempo, principalmente depois que descobri um texto chamado Papai Noel existe?, que prova a impossibilidade de sua existência através das leis da física e que disponibilizei na minha antiga (e bota antiga nisso) página de piadas, a Bullshit. Ho, ho, ho!

Ouvindo: Ramones, Merry Christmas (I Don't Want To Fight Tonight).

Voltando após os comerciais...

Muitos não acreditavam que este retorno pudesse ocorrer. Pra falar a verdade, a maioria dos freqüentadores assíduos do bISELHO (uns três ou quatro gatos-pingados) nem sequer entrava mais aqui, já que as atualizações novas não vinham há meses. Não fiquei sumido da internet, claro. Faço parte de umas mil e duzentas comunidades no Orkut (quem quiser me achar lá clique ), e de quando em vez posto alguma foto nova no bISELHO, o fotolog, apresentado aos senhores no último post deste quase-finado blog, há mais de três meses. De lá pra cá muita coisa aconteceu, e até o caso do passarinho na janela narrado por mim no dia 10 de agosto virou música, a ser lançada internacionalmente em 2005.

Pois foi agora em dezembro que decidi voltar a escrever por essas bandas, mas tornei a desanimar quando descobri que todos os comentários dos visitantes anteriores a agosto tinham puf! sumido sem deixar vestígios. Mistérios inexplicáveis da internet... mas tudo bem. Comecemos logo essa nova fase do bISELHO, com atualizações quase diárias (observem que não estou prometendo nada). Até daqui a pouco.

Quem

Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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